terça-feira, 25 de novembro de 2008

dicas úteis

Aqui vão algumas dicas ao criador principiante



1) Escolher e definir a linhagem que pretende criar.
2)
Criar por amor e nunca objetivando lucros.
3)
Se empenhar para o melhoramento da qualidade.
4)
Fazer dos obstáculos ( problema respiratório, piolho, morte, entre outros ) uma fonte de experiência.
5)
Cuidar rigorosamente da higiene e alimentação.
6)
Acasalar na época certa os casais certos.

  • Um criador que concilia todas essas coisas, a tendência é ter um bom desempenho na criação e cada vez mais aprender, ensinar, reproduzir e, quem sabe, até virar um campeão.



    Dicas Úteis


  • Água - deve ser filtrada e trocada diariamente;
  • Bebedouros - devem ser automáticos, para evitar o contato das fezes com a água e lava-los diariamente;
  • Alimentos - não misturar no mesmo recipiente diversos alimentos, devem ser sempre frescos e as sementes servidas à vontade;
  • Verduras - devem ser bem lavadas e servidas frescas, devemos utilizar: couve, espinafre, escarola, almeirão e chicória. NUNCA devemos utilizar alface que poderia ser fatal, provocando diarréia;
  • Frutas - devemos utilizar: maçã, laranja, etc;
  • Comedouros - devem ser lavados pelo menos uma vez por semana;
  • Gaiolas - não expor às correntes de ar, devem ser colocadas em local de boa claridade;
  • Higiene - mantenha a gaiola sempre limpa, para evitar o contato do pássaro com suas fezes, a maioria das pessoas utiliza o revestimento do fundo com papel ( jornal ) o que facilita a limpeza, nestes casos o fundo deve ser lavado semanalmente;
  • Poleiros - devem ser limpos e desinfetado a cada 15 ou 20 dias, para evitar aparecimento de piolho;
  • Banheiras - devem ser colocas pela manhã e retirada após o banho;
  • Banho de Sol - Os pássaros devem ser submetidos a um banho de Sol diariamente pela manhã até às 10 horas. Caso não seja possível, deve ser submetido pelo menos 2 vezes por semana.


  • domingo, 23 de novembro de 2008

    Sementes para Aves

    Abaixo apresentamos as principais sementes comumente usadas na alimentaçăo de aves de gaiola e suas características. Apontamos também as aves que podem ser alimentadas com essas sementes.

    Alpiste (Phalaris canaríensís) Grăo rico em carboídratos. Ao contrário do que seu nome em inglęs "canaryseed" sugere, este grăo năo é usado somente para canários, sendo, entretanto o principal componente da maioria das misturas de grăos para pássaros. Seu uso principal é nas misturas de grăos para canários, pássaros exóticos, pássaros silvestres, periquitos e periquitos grandes.

    Arroz Cateto (Oryza saliva) Grăo rico em carboidratos e de elevada digestibilidade. Seu uso principal é nas misturas para curiós, bicudos, azulőes, calafate, grandes periquitos, papagaios e pombos.

    Aveia sem casca (Avena sativa) Grăo rico em carboidratos, de ótima palatabílidade e digestibilidade, portanto ingerido com muito gosto e facilidade
    perpassares no ninho. Em quantidades demasiadas pode levar ao acúmulo de
    gordura, principalmente em canários. Seu uso principal é nas misturas de
    grăos para canários, pássaros exóticos, pássaros silvestres, periquitos, periquitos grandes e papagaios.

    Cânhamo (Cannabis sativa) Grăo inativado da planta Cannabis sativa. É rico em extraio etéreo (óleos) e proteína. Contém THC, que estimula o interesse sexual nos pássaros. Deve-se cuidar para que năo haja exageros na quantidade de cânhamo oferecida aos pássaros, para evitar-se constipaçăo e excessiva excitaçăo dos animais. Seu uso principal é nas misturas de grăos para canários, pássaros exóticos, pássaros silvestres, periquitos, periquitos grandes e papagaios. Um dos melhores grăos para qualquer pássaro, porém seu uso (principalmente no verăo) nunca pode ser excessivo.

    Cártamo (Carthamus tinctorius) Planta da família das asteráceas. Grăo rico em extrato etéreo (óleos). Seu uso nas misturas para periquitos, grandes periquitos, papagaios e pombos enriquece a alimentaçăo destes animais, contribuindo para uma plumagem de melhor qualidade.

    Colza (Brassica rapa) Grăo rico em proteína e extrato etéreo (óleos), de sabor um pouco amargo. É o mais importante grăo numa mistura para
    canários, pois seu elevado teor de extraio etéreo (óleos) promove uma excelente saúde e um canto melodioso. Pode levará adiposidade, se usado em demasia. Seu uso principal é nas misturas de grăos para canários, pássaros exóticos e pássaros silvestres.

    Dari Branco (Sorghum sp.) Grăo da família do painço. Contém elevado teor de proteína, com aminoácidos de boa qualidade. Seu principal uso é nas misturas para trinca-ferro (picharro) grandes periquitos, papagaios e pombos.

    Dari Vermelho (Sorghum sp.) Grăo da família do painço. Contém elevado teor de proteína, com aminoácidos de boa qualidade. Seu principal uso é nas misturas para trinca-ferro (picharro) grandes periquitos, papagaios e pombos.

    Girassol Branco (Helianthus annuus) Este grăo é rico em proteína, extrato etéreo, minerais e vitamina E. Seu principal uso é em misturas para grandes periquitos e papagaios.

    Girassol Graúdo (Helianthus annuus) Este grăo é rico em proteína, extrato etéreo, minerais e vitamina E. Seu principal uso é em misturas para grandes periquitos e papagaios.

    Girassol Rajado (Helianthus annuus) Este grăo é rico em proteína, extrato etéreo, minerais e vitamina E. Seu principal uso é em misturas para grandes periquitos e papagaios.

    Linhaça (Linum usitatissimum) Grăo da planta do linho. É rico em proteínas e extrato etéreo (óleos), principalmente do grupo Omega 3, essencial para uma excelente plumagem. Possui propriedades terapęuticas, melhorando o trânsito do bolo alimentar no tubo digestivo e contribuindo para uma melhor digestăo. Seu uso principal é nas misturas de grăos para canários, pássaros exóticos, pássaros silvestres, periquitos e periquitos grandes.

    Níger (Guizotia abyssinica) Grăo rico em extrato etéreo (óleos) e proteínas. Devido a sua excelente palatabilidade, este grăo é muito apreciado por diferentes tipos de pássaros. Seu uso principal é nas misturas de grăos para canários, pássaros exóticos, pássaros silvestres, periquitos e periquitos grandes.

    Painço Amarelo (Panicum milleaceum) Grăo também conhecido por milho alvo amarelo. Săo grăos ricos em carboidratos e possuem fácil digestibilidade. Seu uso principal é nas misturas para pássaros silvestres, pássaros exóticos, periquitos, grandes periquitos e pombos.

    Painço Branco (Panicum milleaceum) Grăo também conhecido por milho alvo branco. Săo grăos ricos em carboidratos e possuem fácil digestibilidade. Seu uso principal é nas misturas para pássaros silvestres, pássaros exóticos, periquitos e grandes periquitos.

    Painço Preto (Panicum milleaceum) Grăo também conhecido por milho alvo preto. Săo grăos ricos em carboidratos e possuem fácil digestibilidade. Seu uso principal é nas misturas para pássaros silvestres, pássaros exóticos, periquitos e grandes periquitos.

    Painço Verde (Panicum milleaceum) Grăo também conhecido por milho alvo verde. Săo grăos ricos em carboidratos e possuem fácil digestibilidade. Seu uso principal é nas misturas para pássaros silvestres, pássaros exóticos, periquitos e grandes periquitos.

    Painço Vermelho (Panicum milleaceum) Grăo também conhecido por milho alvo vermelho. Săo grăos ricos em carboidratos e possuem fácil digestibilidade. Seu uso principal é nas misturas para pássaros silvestres, pássaros exóticos, periquitos e grandes periquitos.

    Perila (Perilia frutescens) É conhecida também como "a semente da saúde". Grăo rico em extraio etéreo (óleos), principalmente do grupo dos Omega 6 e Omega 3. Importante na promoçăo de um canto melodioso e uma plumagem exuberante. Seu uso principal é nas misturas para curiós e outros pássaros silvestres, canários e pássaros exóticos. É o melhor grăo e o mais importante para os pássaros, seu uso năo pode ser excessivo.

    Algumas Sementes, sua Origem e Propriedades.

    ALPISTEUSOORIGEMFOTO
    Componente principal da maioria das misturas, não só para canários. Pertence à família das Gramináceas. O tamanho e aspecto dependem muito do país de origem. Nestes países é considerada uma erva daninha. Canários
    Pássaros selvagens
    Exóticos
    Periquitos
    Grandes periquitos



    EUA
    Canadá
    Argentina
    Austrália
    Hungria
    Marrocos





    ARROZ PADDYUSO ORIGEM FOTO
    Arroz com casca. Elevada digestibilidade. Os Pardais de Java adoram este arroz. Exóticps
    Grandes periquitos
    Papagaios
    Pombos
    França
    Itália
    Ásia



    AVEIA DESCASCADAUSO ORIGEM FOTO
    Ingerida com gosto e com facilidade pelos pássaros no ninho. Quantidades demasiadas elevadas podem levar à adiposidade. Canários
    Pássaros selvagens
    Exóticos
    Periquitos
    Grandes periquitos
    Papagaios
    Bélgica
    Inglaterra
    França




    CÂNHAMOUSO ORIGEM FOTO
    Sementes da planta Cannabis. Contém proteínas de alta qualidade. As crias adoram que os pais os alimentam com cânhamo. Estimula o ardor sexual nos pássaros (atenção podem-se tornar demasiado excitados). Canários
    Pássaros selvagens
    Exóticos
    Periquitos
    Grandes periquitos
    Papagaios


    China
    Rússia
    Líbano
    Uruguai
    Hungria
    França





    CARTAMOUSO ORIGEM FOTO
    Apesar da sua semelhança em forma e composição com o girassol, pertence a uma família de plantas completamente diferente, notadamente a dos cardos. Pássaros selvagens
    Periquitos
    Grandes periquitos
    Papagaios
    Pombos

    Sementes a germinar

    China
    Austrália
    Índia
    Hungria





    COLZAUSO ORIGEM FOTO
    Maior e mais escuro que o nabo. Tem um sabor mais amargo. O valor nutritivo é idêntico do nabo. Canários
    Pássaros selvagens

    Países Baixos
    França
    Hungria
    Polônia



    DARI (SORGHUM)USO ORIGEM FOTO
    Pertence á família do Milho Alvo. Fornece aminoácidos de boa qualidade.Grandes periquitos
    Papagaios
    Pombos

    China
    Sudão
    Quênia
    Índia
    França
    Austrália
    USA



    KATJANG IDJOEUSO ORIGEM FOTO
    Pertecente à família da soja. Pelo seu poder germinativo é muitas vezes utilizado em misturas de germinar, igualmente para espécies de pássaros mais pequenos. Os rebentos são, como os rebentos de soja, muitos ricos em proteínas.Grandes periquitos Papagaios

    Sementes a germinar



    Tailândia
    China
    Austrália






    LINHAÇAUSO ORIGEM FOTO
    Sementes de linho. De cor escura ou clara. Contém um teor elevado de ácido gordo Omega-3, essencial para a formação da plumagem. Melhora a digestão por via das suas características mucíparas. Canários
    Pássaros selvagens
    Periquitos
    Grandes periquitos




    Bélgica
    Hungria
    Canadá








    MILHO ALVO AMARELOUSO ORIGEM FOTO
    Espécie de milho alvo muito fino.ExóticosÁfrica do Sul
    China
    Austrália



    MILHO ALVO BRANCOUSO ORIGEM FOTO
    Estas sementes de boa qualidade são menos duras e por isso – não obstante o seu tamanho maior-adoradas pelos Diamantes.Exóticos
    Periquitos
    Grandes periquitos
    Papagaios

    EUA
    (Dakota, Colorado)
    Austrália
    China




    MILHO ALVO JAPONÊSUSO ORIGEM FOTO
    O milho alvo mais rico em proteínas. Aumenta a qualidade de qualquer mistura. Exóticos
    Periquitos
    Grandes periquitos
    China
    Austrália
    África do Sul



    MILHO ALVO VERMELHOUSO ORIGEM FOTO
    Sementes geralmente mais duras do que as outras desse grupo. A sua cor torna as misturas atraentes.Exóticos
    Periquitos
    Grandes periquitos

    Países Baixos
    França
    Hungria
    Polônia



    NABÃOUSO ORIGEM FOTO
    Tem um sabor doce. A sua cor forte depende bastante da zona de produção. Rico em proteínas e gordura e, por isso, usar com moderação. Canários
    Pássaros selvagens

    Sementes de germinar

    USA
    Canadá
    Hungria
    Escandinávia
    Polônia




    NIGERUSO ORIGEM FOTO
    A maioria dos pássaros adora esta sementes que é mais cara, mas que não pode faltar numa mistura de qualidade. É uma das poucas sementes que tem um ótimo equilíbrio cálcio/fósforo. Canários
    Pássaros selvagens
    Exóticos
    Periquitos
    Grandes periquitos

    Sementes de germinar

    Nepal
    Índia
    Birma
    Etiópia
    Hungria





    PAINÇO AMARELOUSO ORIGEM FOTO
    Um tipo de milho alvo de grão pequeno e por isso ideal para pequenos exóticos e para misturas de cria. Existem muitas sub-famílias desta semente. Exóticos
    Periquitos



    Austrália
    Argentina
    China
    África do Sul




    GIRASSOL BRANCOUSO ORIGEM FOTO
    É geralmente de tamanho maior do que o girassol raiado. É o preferido pelos papagaios.Papagaios

    Quênia
    Egito
    Hungria



    GIRASSOL RAJADOUSO ORIGEM FOTO
    Existem muitas subclasses do girassol raiado, desde muito pequena até grande e cheia (variedade Toma). O girassol completamente preto é principalmente criado para produção industrial de óleo. Grandes periquitos
    Papagaios







    EUA – Canadá
    Argentina
    Austrália
    Hungria
    China
    Bulgária
    Romênia
    França
    África do Sul




    SEMENTES DE PAPOULAUSO ORIGEM FOTO
    São sementes de papoula, muito ricas em gordura. Tem propriedades calmantes. Muito apropriadas para acalmar pássaros de exposição. Podem no entanto travar o canto. Canários
    Pássaros selvagens




    Hungria








    TRIGO SARRACENOUSO ORIGEM FOTO
    Planta rica em amido (hidratos de carbono) mas pobre em gorduras, essencialmente colhida em terrenos arenosos. Grandes periquitos
    Papagaios

    Argentina
    China
    França
    Brasil
    Rússia
    Hungria

    RECEITA DE FARINHADA




    A pedido de vários visitantes deste site e a várias pergunta sobre o que é farinha e como fazer uma farinha caseira, destacamos aqui algumas receitas:

    Aconselhamos que o criador procure em sua regiăo, criadores que já aplicam as farinhadas aos seus canários, para obter informaçőes sobre a quantidade de cada produto, pois o clima é diferente em certas parte do país.

    FARINHADA "A"

    (raçăo básica)

    500 gr. farinha de rosca

    200 gr. farinha de milho branco

    150 gr. Aveia em pó

    100 gr. Neston

    050 gr. Gerval em pó

    001 gr. de Sal

    FARINHADA "B"

    500 gr. Germe de trigo

    500 gr. Farelo de trigo

    200 gr.Aveia em pó

    200 gr, Fubá (branco)

    002 Colheres de sopa de mel

    002 gr, de sal

    FARINHADA "C'

    500 gr. Biscoitos Crem Crack

    400 gr. Aveia instantanea Quaker

    1000 gr Fubá granja granfino

    500 gr. Neston

    400 gr. Gerval em pó (baunilha)

    1000 gr. Farinha Nestle

    100 gr. Farinha Centeio

    100 gr. Farinha trigo integral

    1 vidro de "cálcio" "D Rodoxor"

    4 gr. sal

    FARINHADA "D"

    500 gr. Farinha de rosca

    100 gr. Farinha de milho branco

    100 gr. Farinha de trigo

    150 gr. colza

    100 gr. Níger


    FARINHADA "E"

    500 gr. Farinha de rosca

    100 gr. Farinha de aveia

    2(duas) colheres de sopa de germe de trigo torrado

    2(duas) colheres de sopa de neston ou farinha láctea

    1 (uma) colher de chá de erva doce


    FARINHADA "F"

    2 kg Farinha de rosca seca

    1kg Sęmola de milho

    250 gr Germe de trigo torrado

    1 colher de chá Vitamina E em pó

    1 colher de sobremesa rasa Acetil Metionina

    3 colheres de sopa Dextrol ou Glicose em pó

    1 colher de café TM 3+3


    Para as fórmulas de farinhada acima pode se aplicar para cada 1 quilo de farinhada 30 gr. de premix.

    Somente nesta farinhada "D", acrescentar um copo americano de arroz cozido (sem tempero) e passado na peneira, adicona-se este arroz a 3 colheres de sopa da farinhada, se o criador quiser pode-se acrescentar uma gema de ovo cozida e passada na peneira.

    Alguns criadores afirmam se administrarmos apenas a gema do ovo cozido diminui a escamaçăo nos pés das aves.

    Uma mistura de 2 colheres de farinhada para um ovo cozido, em média alimentamos 6 casais.

    NOTA:
    As farinhadas devem ser administradas aos pássaros juntamente com: Para cada ovo cozido passadona peneira ou processado em mix, junta-se duas colheres de sopa da farinhada. Dois meses que antecede a época de criaçăo é aconselhavel colocar 3 gotas de óleo de fígafo de bacalhau, para cada ovo a ser misturado a farinhada.

    NUTRIÇÃO NA CRIAÇÃO DE CANÁRIOS

    O filhote ao nascer, traz consigo uma carga genética herdada de seus pais, e cabe ao criador fazer com que esta carga genética seja aproveitada ao máximo, oferecendo a este novo integrante do nosso plantel as condições mais próximas do ideal, para que este potencial todo seja aproveitado. Assim, devemos oferecer a estes pássaros uma alimentação balanceada de acordo com suas necessidades.

    Sementes: Além do alpiste, que deve ser a semente básica para as aves, pelo menos mais três espécies de sementes diferentes ou mais, devem ser misturadas na razão de 10% da quantidade total de alpiste cada uma.

    Como por exemplo:

    Alpiste = 1000 gramas
    Colza = 100 gramas
    Niger = 100 gramas
    Linhaça = 100 gramas
    Nabão = 100 gramas
    Aveia sem casca = 100 gramas

    Uma mistura como esta, mais variada em relação às sementes, torna mais atraente para os pássaros, e permite que ele obtenha das sementes a variedade de elementos que necessita, pois cada semente tem seu valor nutritivo diferente, devido terem quantidades de elementos diferentes uns dos outros.
    Outra vantagem desta mistura de variedades de sementes, e a maior independência que tem em relação a outros tipos de alimentação.
    É importante também dizer, que estas sementes devem ser lavadas e secas antes de serem usadas para as aves. Hoje no mercado encontramos misturar de sementes lavadas para uso.

    Verduras: As verduras são grande fonte de vitaminas, além de oferecerem água de boa qualidade. Deve-se oferecer pelo menos uma vez por dia verduras frescas, livre de agrotóxicos para os canários.
    Com esta verdura a disposição, os pássaros podem ter a oportunidade de fazer seu balanceamento de vitaminas, corrigindo eventuais distorções como exemplo, podemos falar do almeirão e da couve.

    Areia: Devido aos canários não terem dentes para fragmentarem os alimentos, estes são fragmentados a nível de moela e neste sentido a areia desempenha um papel fundamental.
    É a areia que permite a “moagem” destes alimentos que antecedem a Digestão, fazendo assim, que esta digestão seja completa, permitindo que os pássaros possam extrair destes alimentos todo o seu potencial nutritivo.
    Devido a isto, o canário tem que ter sempre a sua disposição areia grossa de boa qualidade, areia esta que deve ser lavada e esterilizada. Hoje no mercado já se encontra para a venda areias prontas para o uso, areias estas que já vem com cálcio, fazendo assim, uma melhor absorção deste alimento tão essencial para a casca do ovo.

    Água: Devido a sua variedade de funções e sua utilidade, a água pode ser considerada um nutriente essencial por excelência para sua criação.
    Para ter uma idéia da importância da água, um pássaro pode perder praticamente toda a sua gordura e mais da metade da proteína e ainda sobreviver, enquanto que se ele perder 10% de água, resultará na sua morte.
    O canário deve ter sempre a sua disposição água fresca e limpa.
    Ao contrário dos outros alimentos que oferecemos para os pássaros, a água não tem substituto, ou seja, o animal é obrigado a ingerir da forma como é apresentada, do contrário morrerá de sede. Devido a isto, pelo menos para o bem estar dos pássaros, devemos oferecer água sempre pura, da maneira como nós gostamos de tomar.
    Caso seja preciso fazer uma medicação ou alguma suplementação de vitaminas diversas, procurar fazer por outras vias, como por exemplo nas farinhadas. Quando não for possível por esta via de administração, fazer eventualmente na água e por períodos menores possíveis.
    Lembre-se novamente que a água não tem substituto.


    NUTRIÇĂO DE AVES DE CRIAÇĂ

    A constante evoluçăo genética dos plantéis exige cada vez mais cuidados para que năo percamos tempo, dinheiro e o prazer desta atividade apaixonante que é a criaçăo de aves.

    A criaçăo de sucesso está baseada em tręs pilares principais:

    GENÉTICA – SANIDADE – NUTRIÇĂO

    A genética determina o ritmo da evoluçăo dos plantéis e para que estes possam expressar todo seu potencial, devemos acompanhar estas mudanças genéticas com evoluçăo também na sanidade e na nutriçăo.

    É claro que as instalaçőes e o manejo também săo muito importantes, mas sem a adequada manutençăo dos tręs pilares a criaçăo năo chegará ao seu máximo.

    No caso da nutriçăo, o suporte necessário ŕ máxima expressăo genética das aves ganhou nos últimos anos algumas ferramentas importantes no que diz respeito ŕ otimizaçăo dos nutrientes disponíveis nas dietas. O perfil nutricional evoluiu muito nas últimas duas décadas, a relaçăo entre os nutrientes está muito ajustada, as matérias primas utilizadas tęm qualidade cada vez melhor, no entanto, era necessário fazer com que as aves conseguissem aproveitar de maneira mais eficiente cada componente presente na raçăo.

    Neste sentido as pesquisas atuais nos brindaram com alguns aditivos capazes de promover este aproveitamento superior dos nutrientes das dietas e em pouco tempo estes aditivos tem se tornado parte indispensável das raçőes de melhor qualidade.

    Vamos agora descrever de maneira sucinta as funçőes de alguns destes aditivos e sua importância para a evoluçăo cada vez mais especializada dos plantéis:

    Vitaminas Protegidas: as vitaminas săo nutrientes essenciais para o bom desempenho de todas as funçőes vitais das aves e devem estar presentes em quantidade suficiente e balanceada nas raçőes para que possam contribuir de maneira efetiva. Com a evoluçăo das raçőes no sentido do processo de fabricaçăo como por exemplo a peletizaçăo, extrusăo e também o aumento do prazo de armazenamento, houve a necessidade de tornar as vitaminas mais estáveis para que suportassem as altas temperaturas e permanecessem íntegras até sua absorçăo no intestino das aves. Outra necessidade era a de fazer com que as vitaminas passassem pelo trato digestivo das aves (moela, proventrículo), sem se degradar no Ph ácido destes órgăos, chegando assim ao intestino em quantidade e qualidade superiores. Sendo assim, desenvolveu-se um processo de proteçăo ou encapsulamento das vitaminas para que isto fosse possível.

    Minerais Orgânicos (Quelatados): com a mesma importância das vitaminas na nutriçăo das aves, os minerais também săo componentes obrigatórios das raçőes e os cuidados com o balanceamento e as dosagens devem ser constantes. Os minerais estăo divididos em macrominerais (Cálcio, Fósforo, Sódio, Potássio) e microminerais (Selęnio, Cobre, Ferro, Zinco, Manganęs, Cromo, Cobalto) em funçăo das quantidades necessárias ao organismo. O fato dos microminerais serem necessários em quantidades menores, năo significa que sejam menos importantes. Săo os microminerais parte integrante e responsáveis pelo bom funcionamento das enzimas endógenas que comandam todos os processos fisiológicos das aves entre os quais podemos citar: crescimento ósseo, muscular, empenamento, fertilidade, controle do stress, formaçăo da casca do ovo, enfim tudo que se passa na ave é controlado por alguma substância do organismo (enzima endógena) e estas substâncias tem microminerais como parte de sua estrutura.

    Para que possam ser absorvidos no instestino das aves, os minerais devem se ligar a um aminoácido específico e isto pode ocorrer no próprio intestino antes que os minerais passem pela zona de absorçăo e sejam excretados nas fezes, ou o processo pode ser otimizado com a utilizaçăo de minerais orgânicos ou quelatados. A quelaçăo, é o processo de ligaçăo dos microminerais com moléculas orgânicas (aminoácidos, açúcares, lipídeos, etc) com a finalidade de “antecipar” este processo para o organismo. A ligaçăo que deveria ocorrer dentro do trato digestivo da ave, é feita antes e o micromineral chega ŕ zona de absorçăo pronto para ser absorvido, fazendo assim com que uma maior quantidade dos elementos chegue ŕ corrente sanguínea e possa desenvolver suas funçőes de maneira melhor.

    Enzimas digestivas: para o aproveitamento dos nutrientes da dieta é necessário que as aves consigam digerir os alimentos. Para isto utilizam enzimas presentes em todo o trato digestivo, desde a língua e saliva até o fígado, vesícula biliar e pâncreas. Contudo as aves possuem certas enzimas em quantidade suficiente para digerir apenas uma parte dos alimentos, ficando intocada uma outra parte que chamamos de substrato năo digestível. Este substrato năo digestível pelas enzimas das aves pode ser aproveitado pelo organismo se adicionamos ŕs dietas uma suplementaçăo destas enzimas, fazendo assim com que o organismo possa retirar dos alimentos uma quantidade maior de nutrientes como proteína, energia, aminoácidos, fósforo, entre outros.

    Probióticos: para realizar a boa digestăo dos alimentos, o intestino deve conter uma flora bacteriana que vai agir auxiliando esta digestăo. Vários fatores como stress, medicaçăo, competiçăo com bactérias patogęnicas (nocivas), podem alterar a composiçăo desta flora intestinal, prejudicando a digestăo e absorçăo dos nutrientes e conseqüentemente o estado geral de saúde da ave. Para prevenir e até mesmo restabelecer as boas condiçőes da flora intestinal, podemos utilizar os probióticos que săo compostos produzidos a partir de colônias de bactérias benéficas e que văo promover a colonizaçăo do ambiente intestinal, preservando e melhorando assim a condiçăo digestiva da ave.

    Prebióticos: săo compostos geralmente de polissacarídeos (mananoligossacarídeos) utilizados para facilitar a proliferaçăo das bactérias benéficas no trato intestinal. Tęm valor nutricional que permitem a estas bactérias se proliferar e tomar o espaço que poderia ser ocupado por bactérias nocivas (patogęnicas), auxiliando na manutençăo da boa flora intestinal.

    Adsorvente de Micotoxinas: a produçăo e armazenamento de sementes e grăos, está sujeita ŕ proliferaçăo de fungos que facilmente se desenvolvem em nossas condiçőes climáticas. Estes fungos săo responsáveis pela produçăo de substâncias tóxicas ŕs aves chamadas de Micotoxinas. Săo as micotoxinas que causam todos os problemas atribuídos aos fungos na alimentaçăo das aves, como problemas hepáticos, renais, neurológicos, infertilidade e até mesmo mortalidade. Os aditivos adsorventes de micotoxinas tęm a capacidade de se ligar a estas substâncias no intestino antes de serem absorvidas pelo organismo das aves e carreá-las para fora via fezes, anulando assim seu efeito deletério. É importante ressaltar que aditivos antifúngicos tęm a propriedade de impedir a formaçăo de fungos nos alimentos quando armazenados năo tendo açăo alguma sobre as micotoxinas; porém muitas pesquisas mostram que a produçăo de micotoxinas por fungos começa ainda nas plantaçőes, chegando assim já produzidas ao armazenamento. Assim a utilizaçăo dos adsorventes de micotoxinas também é uma importante ferramenta para a manutençăo as saúde das aves.

    Vale a pena dizer que tudo que se pode oferecer em termos de nutriçăo, deve seguir critérios técnicos, pois o excesso pode prejudicar tanto ou mais que a caręncia de algum nutriente. Vitaminas e minerais tem interaçăo entre si, de forma que altas doses de uma vitamina podem provocar bloqueio da absorçăo de outra assim como nos minerais; alguns minerais, apesar de essenciais, podem se tornar tóxicos em altas doses. De modo que utilizar estes recursos para obter sucesso na criaçăo deve ser algo responsável e com acompanhamento técnico.

    Estes produtos estăo disponíveis no mercado e, tanto podem como devem fazer parte de uma raçăo ou farinhada de boa qualidade. As raçőes prontas já com os aditivos săo o melhor meio para se utilizar, pois obedecerăo a um balanceamento orientado por um técnico responsável, além de ser bastante complicado manusear doses pequenas destes aditivos em casa. A margem de erro é muito grande.

    Como demonstramos acima, os recursos disponíveis para manter a boa saúde dos nossos plantéis săo muitos e naturalmente eficientes. Devemos assim, nos conscientizar de uma vez por todas que os tradicionais antibióticos ainda utilizados por alguns criadores, devem ter apenas funçăo terapęutica (para o tratamento de doenças) e deixar de integrar de maneira contínua as raçőes. Os efeitos da utilizaçăo de antibióticos a longo prazo ou em doses inadequados traz muito mais problemas do que benefícios. Mas este tema é assunto para outro artigo. Devemos e podemos prevenir doenças e ter bons resultados com boa alimentaçăo!!!

    NUTRIÇĂO DE AVES DE CRIAÇĂO

    A constante evoluçăo genética dos plantéis exige cada vez mais cuidados para que năo percamos tempo, dinheiro e o prazer desta atividade apaixonante que é a criaçăo de aves.

    A criaçăo de sucesso está baseada em tręs pilares principais:

    GENÉTICA – SANIDADE – NUTRIÇĂO

    A genética determina o ritmo da evoluçăo dos plantéis e para que estes possam expressar todo seu potencial, devemos acompanhar estas mudanças genéticas com evoluçăo também na sanidade e na nutriçăo.

    É claro que as instalaçőes e o manejo também săo muito importantes, mas sem a adequada manutençăo dos tręs pilares a criaçăo năo chegará ao seu máximo.

    No caso da nutriçăo, o suporte necessário ŕ máxima expressăo genética das aves ganhou nos últimos anos algumas ferramentas importantes no que diz respeito ŕ otimizaçăo dos nutrientes disponíveis nas dietas. O perfil nutricional evoluiu muito nas últimas duas décadas, a relaçăo entre os nutrientes está muito ajustada, as matérias primas utilizadas tęm qualidade cada vez melhor, no entanto, era necessário fazer com que as aves conseguissem aproveitar de maneira mais eficiente cada componente presente na raçăo.

    Neste sentido as pesquisas atuais nos brindaram com alguns aditivos capazes de promover este aproveitamento superior dos nutrientes das dietas e em pouco tempo estes aditivos tem se tornado parte indispensável das raçőes de melhor qualidade.

    Vamos agora descrever de maneira sucinta as funçőes de alguns destes aditivos e sua importância para a evoluçăo cada vez mais especializada dos plantéis:

    Vitaminas Protegidas: as vitaminas săo nutrientes essenciais para o bom desempenho de todas as funçőes vitais das aves e devem estar presentes em quantidade suficiente e balanceada nas raçőes para que possam contribuir de maneira efetiva. Com a evoluçăo das raçőes no sentido do processo de fabricaçăo como por exemplo a peletizaçăo, extrusăo e também o aumento do prazo de armazenamento, houve a necessidade de tornar as vitaminas mais estáveis para que suportassem as altas temperaturas e permanecessem íntegras até sua absorçăo no intestino das aves. Outra necessidade era a de fazer com que as vitaminas passassem pelo trato digestivo das aves (moela, proventrículo), sem se degradar no Ph ácido destes órgăos, chegando assim ao intestino em quantidade e qualidade superiores. Sendo assim, desenvolveu-se um processo de proteçăo ou encapsulamento das vitaminas para que isto fosse possível.

    Minerais Orgânicos (Quelatados): com a mesma importância das vitaminas na nutriçăo das aves, os minerais também săo componentes obrigatórios das raçőes e os cuidados com o balanceamento e as dosagens devem ser constantes. Os minerais estăo divididos em macrominerais (Cálcio, Fósforo, Sódio, Potássio) e microminerais (Selęnio, Cobre, Ferro, Zinco, Manganęs, Cromo, Cobalto) em funçăo das quantidades necessárias ao organismo. O fato dos microminerais serem necessários em quantidades menores, năo significa que sejam menos importantes. Săo os microminerais parte integrante e responsáveis pelo bom funcionamento das enzimas endógenas que comandam todos os processos fisiológicos das aves entre os quais podemos citar: crescimento ósseo, muscular, empenamento, fertilidade, controle do stress, formaçăo da casca do ovo, enfim tudo que se passa na ave é controlado por alguma substância do organismo (enzima endógena) e estas substâncias tem microminerais como parte de sua estrutura.

    Para que possam ser absorvidos no instestino das aves, os minerais devem se ligar a um aminoácido específico e isto pode ocorrer no próprio intestino antes que os minerais passem pela zona de absorçăo e sejam excretados nas fezes, ou o processo pode ser otimizado com a utilizaçăo de minerais orgânicos ou quelatados. A quelaçăo, é o processo de ligaçăo dos microminerais com moléculas orgânicas (aminoácidos, açúcares, lipídeos, etc) com a finalidade de “antecipar” este processo para o organismo. A ligaçăo que deveria ocorrer dentro do trato digestivo da ave, é feita antes e o micromineral chega ŕ zona de absorçăo pronto para ser absorvido, fazendo assim com que uma maior quantidade dos elementos chegue ŕ corrente sanguínea e possa desenvolver suas funçőes de maneira melhor.

    Enzimas digestivas: para o aproveitamento dos nutrientes da dieta é necessário que as aves consigam digerir os alimentos. Para isto utilizam enzimas presentes em todo o trato digestivo, desde a língua e saliva até o fígado, vesícula biliar e pâncreas. Contudo as aves possuem certas enzimas em quantidade suficiente para digerir apenas uma parte dos alimentos, ficando intocada uma outra parte que chamamos de substrato năo digestível. Este substrato năo digestível pelas enzimas das aves pode ser aproveitado pelo organismo se adicionamos ŕs dietas uma suplementaçăo destas enzimas, fazendo assim com que o organismo possa retirar dos alimentos uma quantidade maior de nutrientes como proteína, energia, aminoácidos, fósforo, entre outros.

    Probióticos: para realizar a boa digestăo dos alimentos, o intestino deve conter uma flora bacteriana que vai agir auxiliando esta digestăo. Vários fatores como stress, medicaçăo, competiçăo com bactérias patogęnicas (nocivas), podem alterar a composiçăo desta flora intestinal, prejudicando a digestăo e absorçăo dos nutrientes e conseqüentemente o estado geral de saúde da ave. Para prevenir e até mesmo restabelecer as boas condiçőes da flora intestinal, podemos utilizar os probióticos que săo compostos produzidos a partir de colônias de bactérias benéficas e que văo promover a colonizaçăo do ambiente intestinal, preservando e melhorando assim a condiçăo digestiva da ave.

    Prebióticos: săo compostos geralmente de polissacarídeos (mananoligossacarídeos) utilizados para facilitar a proliferaçăo das bactérias benéficas no trato intestinal. Tęm valor nutricional que permitem a estas bactérias se proliferar e tomar o espaço que poderia ser ocupado por bactérias nocivas (patogęnicas), auxiliando na manutençăo da boa flora intestinal.

    Adsorvente de Micotoxinas: a produçăo e armazenamento de sementes e grăos, está sujeita ŕ proliferaçăo de fungos que facilmente se desenvolvem em nossas condiçőes climáticas. Estes fungos săo responsáveis pela produçăo de substâncias tóxicas ŕs aves chamadas de Micotoxinas. Săo as micotoxinas que causam todos os problemas atribuídos aos fungos na alimentaçăo das aves, como problemas hepáticos, renais, neurológicos, infertilidade e até mesmo mortalidade. Os aditivos adsorventes de micotoxinas tęm a capacidade de se ligar a estas substâncias no intestino antes de serem absorvidas pelo organismo das aves e carreá-las para fora via fezes, anulando assim seu efeito deletério. É importante ressaltar que aditivos antifúngicos tęm a propriedade de impedir a formaçăo de fungos nos alimentos quando armazenados năo tendo açăo alguma sobre as micotoxinas; porém muitas pesquisas mostram que a produçăo de micotoxinas por fungos começa ainda nas plantaçőes, chegando assim já produzidas ao armazenamento. Assim a utilizaçăo dos adsorventes de micotoxinas também é uma importante ferramenta para a manutençăo as saúde das aves.

    Vale a pena dizer que tudo que se pode oferecer em termos de nutriçăo, deve seguir critérios técnicos, pois o excesso pode prejudicar tanto ou mais que a caręncia de algum nutriente. Vitaminas e minerais tem interaçăo entre si, de forma que altas doses de uma vitamina podem provocar bloqueio da absorçăo de outra assim como nos minerais; alguns minerais, apesar de essenciais, podem se tornar tóxicos em altas doses. De modo que utilizar estes recursos para obter sucesso na criaçăo deve ser algo responsável e com acompanhamento técnico.

    Estes produtos estăo disponíveis no mercado e, tanto podem como devem fazer parte de uma raçăo ou farinhada de boa qualidade. As raçőes prontas já com os aditivos săo o melhor meio para se utilizar, pois obedecerăo a um balanceamento orientado por um técnico responsável, além de ser bastante complicado manusear doses pequenas destes aditivos em casa. A margem de erro é muito grande.

    Como demonstramos acima, os recursos disponíveis para manter a boa saúde dos nossos plantéis săo muitos e naturalmente eficientes. Devemos assim, nos conscientizar de uma vez por todas que os tradicionais antibióticos ainda utilizados por alguns criadores, devem ter apenas funçăo terapęutica (para o tratamento de doenças) e deixar de integrar de maneira contínua as raçőes. Os efeitos da utilizaçăo de antibióticos a longo prazo ou em doses inadequados traz muito mais problemas do que benefícios. Mas este tema é assunto para outro artigo. Devemos e podemos prevenir doenças e ter bons resultados com boa alimentaçăo!!!

    A MISTURA DE SEMENTES, COMO BALANCEAR

    O canário, como qualquer ser vivo, ingere alimentos para fazer funcionar seu organismo, isto é: para manter a temperatura do corpo, fazer o metabolismo funcionar, repor tecidos, trocar penas, se movimentar, se reproduzir, etc, etc.
    São pássaros granívoros e, portanto, as sementes representam a parte mais importante de sua dieta, que deve ser complementada por uma ração, antigamente chamada de farinhada. Juntos, sementes e reação, devem prover e adequar os alimentos fornecidos às diferentes necessidades de nossos pássaros.
    A composição e o balanceamento da mistura de sementes e seu necessário ajustamento a ser discutido neste artigo.

    Alimentação X Fases da vida.

    Como todo ser vivo, as necessidades de alimentos variam em função das fases da vida, da temperatura ambiente, do clima em que os canários vivem. Se estão em muda; a troca de penas é um processo extremamente penoso e crítico para os pássaros, exigindo elementos nutritivos especiais, suas necessidades são diferentes, por exemplo, da pós-muda, quando estão aguardando a nova estação de cria, se exercitando nas voadeiras, cantando, brigando entre si.
    Durante a reprodução, a cria dos filhotes exige muito das fêmeas, que se estressam e ficam mais vulneráveis às doenças oportunistas.
    De modo simples, podemos dividir em três, as fases em que os canários têm necessidades de alimentação distintas: Reprodução, Períodode Muda e Repouso.

    Proteínas X Carboidratos X Lipídeos

    Proteínas: São compostos nitrogenados, absolutamente necessários aos processos metabólicos de crescimento, reposição de tecidos, formação de matéria viva, massa muscular, esqueleto, muda de penas, etc. Suas necessidades em períodos de reprodução são críticas para o sucesso da criação.
    Carboidratos: São os provedores de energia para o organismo, sendo necessários para prover calor, fazer funcionar o organismo, enfim, é o combustível da máquina chamada canário.
    Lipídeos: São as gorduras, (graxas ou extrato de etéreo). São compostos com alta carga de energia (2,25 vezes mais que os carboidratos). É em forma de gordura que as aves e os outros animais armazenam energia no corpo para atender às situações de carência alimentar.
    Composição Média das Sementes
    Cada semente tem uma composição diferente de proteínas, carboidratos e lipídeos. Abaixo relacionamos as principais sementes encontradas no mercado brasileiro:

    SEMENTES PROTEINA % CARBOIDRATOS % LIPÍDEOS %
    Alpiste 16,6 49,0 6,4
    Colza 19,6 18,0 45,0
    Aveia 11,3 68,4 8,7
    Níger 23,0 17,0 40,0
    Nabão 20,7 5,7 40,2
    Linhaça 24,2 25,0 36,5
    Perila 22,6 10,6 43,2
    Cânhamo 18,2 21,8 32,5

    O alpiste é a semente mais importante na mistura. Sua composição de proteínas, carboidratos e lipídeos é a que mais se aproxima das necessidades normais dos canários. A qualidade de sua proteína, medida pelo balanço de aminoácidos e digestibilidade, é alta. O alpiste é essencial aos canários, e deve entrar na mistura de sementes com, pelos menos, 60% do total.
    A níger uma semente muita apreciada pelo nossos pássaros, tem elevado teor de proteínas e gorduras. É usada normalmente como provedor de proteínas na mistura. Como tem altíssimo teor de lipídeos, sua participação deve ser limitada à 20% do total.
    A colza é outra semente que, co0mo a níger, apresenta bom teor de proteínas e teor de gorduras bastante elevado (45%). Maurice Pomarède, estudioso francês de canários, alerta para a alta toxidês desta semente, recomendando restrições à seu uso. Outro cuidado é com relação à aquisição desta semente no mercado. Freqüentemente, vende-se semente de mostarda como se fosse colza, com prejuízos evidentes para a mistura.
    A aveia é um excelente provedor de energia, muito rico em amido, e especialmente rico em lisina e cistina, dois dos principais aminoácidos essenciais. Deve ser utilizada no balanceamento da mistura como o principal provedor de carboidratos. O risco desta semente é a alta manifestação de fungos e outras formas de vida indesejáveis, que podem causar sérios danos à saúde dos pássaros.
    A linhaça não é muito palatável para os canários. Tem alto teor de proteínas e lipídeos. Administrada durante o período de muda, tem efeito benéfico sobre a formação das penas.

    Balanceamento das Sementes

    A recomendação para nossos canários é que no período de reprodução, os teores de proteínas sejam mais elevados devido às necessidades dos filhotes, e os teores de carboidratos e lipídeos sejam menores, pois assim os canários serão levados à ingerir mais alimentos para atender à suas necessidades calóricas.
    No caso oposto, no período de repouso, quando as proteínas são menos necessárias, as energias deverão ter seus teores elevados.
    No período de muda, as gorduras são mais desejadas, pelo efeito positivo sobre a formação das penas, e deposição de lipocromo. Os grãos escuros (colza, níger, linhaça, cânhamo), usados sempre com parcimônia devido aos altos teores de gorduras em suas composições, ajudam nesta fase.

    Relação Nutritiva

    Um dos parâmetros muito usado no ajustamento dos alimentos às necessidades dos pássaros é a RelaçãoNutritiva (RN).
    O que é Relação Nutritiva (RN)?
    Nada mais é do que uma fórmula prática, extremamente simples, usada nos cálculos dos alimentos, que reflete os relacionamentos entre proteínas, carboidratos e lipídeos, adequando-se às fases da vida de nossos canários.
    Existem outros métodos para balanceamento de rações, bem mais complexos e completos, porém, para efeito deste artigo, exemplificaremos o balanceamento apenas pelo fator RN.
    Observando-se a fórmula, ela mostra exatamente isto que foi comentado: Mais proteína e menos energia no período de reprodução e menos proteína e mais energia no período de repouso. A muda, com RN=4 (limites: 3,5 a 4,5) deve ter os teores intermediários entre as outras fases.
    A fórmula prática é a seguinte:

    Quais são as necessidades? Ë recomendável que a relação R/N esteja o mais próximo dos seguintes valores:
    Reprodução? RN = 3 (limites: 2,5 a 3,5)
    Muda? RN = 4 (limites 3,5 a 4,5)
    Repouso? RN = 5 (limites 4,5 a 5,5)
    Traduzindo estes parâmetros para teores de proteínas, carboidratos e lipídeos, teremos o seguinte quadro:

    PERÍODO PROTEÍNAS (%) CARBOIDRATOS (%) LIPÍDEOS (%)
    REPRODUÇÃO16,0 a 18,5 40a 45 6,0 a 8,0
    MUDA14,5 a 15,5 45 a 50 8,0 a 10,0
    REPOUSO12,5 a 13,5 50 a 60 7,0 a 8,0

    Comentários Importante:

    Da simples análise do RN recomendado para o período de REPRODUÇÃO, (lipídeos entre 5,5 % e 7,5%), e da verificação dos teores de gordura das sementes, chegamos à conclusão que não há possibilidade de se obter com apenas as sementes, as proporções adequadas e desejadas.
    O que fazer? Primeira conclusão: Há necessidade de se usar uma ração que, oferecida aos canários, equilibre os teores dos elementos discrepantes na mistura de semente. Como as rações comerciais para canários descrevem na embalagem os teores destes princípios nutritivos, basta calcular os teores da mistura de sementes, e assim definir que ração adquirir, em função dos elementos para balanceamento.
    Como o período mais crítico é o da reprodução, e o teor de proteínas o princípio nutritivo mais importante mais importante nesta fase, o recomendado é calcular primeiramente a mistura levando-se em conta o teor de proteína, tentando manter o mais baixo possível os lipídeos.
    Em seguida, determinaremos que parâmetros deverá conter a ração que vamos usar para completar a alimentação de nossos pássaros. Usando-se um programa simples de cálculo, e várias tentativas procurando obter uma mistura de sementes com proteínas entre 16,0 % e 18,5%, chegamos aos seguintes resultados para o período de reprodução.

    Cálculo do Teor de Proteína:


    SEMENTES TEORPROTEÍNA NA SEMENTE QUANTIDADE NA MISTURA TEOR PROTEÍNAS NA MISTURA FINAL MEMÓRIA DE CÁLCULO
    Alpiste 16,5 700 11,6 (1)
    Colza 19,6 80 1,6 (2)
    Níger 23,0 130 3,0 (3)
    Aveia 11,3 70 0,8 (4)
    Linhaça24,2 20 0,5 (5)
    TOTAL1000 gr 17,5 %

    Cálculo do Teor de Carboidratos Repetindo os cálculos como mostrados acima, somente trocando as colunas de proteínas pelas de carboidratos, teremos: Teor de Carboidratos = 43,2%.
    Repetindo mais uma vez para os lipídeos, teremos: Teor de Lipídeos= 14,6%. Verificação da Relação RN: RN desejada (REPRODUÇÃO) = 3 (limites: 2,5 a 3,5)


    O valor de RN está em 4,3. Porém o desejado é entre 2,5 e 3,5.
    Examinando com cuidado os resultados da análise, verificamos que os parâmetros obtidos se comparam com os desejados da seguinte maneira:

    DESEJADO OBTIDO ANÁLISE
    PROTEÍNA16,0 A 18,5 % 17,5 % OK
    CARBOIDRATOS40 A 45 % 43,2 % OK
    LIPÍDEOS6,0 A 8,0 % 14,6 % Muito elevado !

    Resumindo: Vamos necessitar de uma ração com teor de gorduras muito baixo, e teores de carboidratos e proteínas dentro dos limites acima indicados para o período de reprodução. Assim, oferecendo-a aos canários, junto com mistura de sementes acima, teremos a correção do teor de lipídeos, e conseqüentemente os parâmetros adequados às necessidades de nossos canários naquele momento.
    Em caso de dificuldades em se encontrar uma ração com os parâmetros desejados, nos restam dois caminhos: recalcular a mistura de sementes, ou ajustar a ração por adição de elementos (nutrientes) que reduzam ou elevem os teores fora dos limites desejados.

    Conclusão

    O principal objetivo deste artigo foi mostrar que é importante destinar mais atenção à alimentação de nossos canários. A mistura de sementes escolhida deve ser adequada à ração que utilizaremos. Elas não podem ser tratadas de forma separada, pois são componentes indivisíveis da alimentação das aves.

    Memória de Cálculo:

    (1) 700 gr / 1000 gr X 16,5 % = 11,6 % Proteína
    (2) 80 gr / 1000 gr X 19,6 % = 1,6 % Proteína
    (3) 130 gr / 1000 gr X 23,0 % = 3,0 % Proteína
    (4) 70 gr / 1000 gr X 11,3 % = 0,8 % Proteína
    (5) 20 gr / 1000 gr X 24,2 % = 0,5 % Proteína

    O SEXO E AS AVES – MACHOS OU FÊMEAS À VONTADE

    Escolher o sexo de suas crianças, decidir se será uma menina ou um menino; um sonho! Isto também é o que muitos criadores gostariam de poder. Seja para equilibrar sua criação onde houvesse muito de machos ou de fêmeas, seja por questões de rentabilidade. Os machos poderiam ser mais procurados e então poder-se-ia escolher menos fêmeas. Do mesmo modo poderia ser o inverso, isso dependendo das espécies e das variedades criadas. Mas, como veremos, o poder do criador está muito limitado e é muito difícil se escolher o sexo das futuras aves como das crianças. Veremos por quê.

    Como nasce o sexo?

    No homem

    O mecanismo do sexo é bem conhecido no homem. Ele tem origem genética e se explica pela presença de heterocromossomas. Todo indivíduo possui dois pares de cromossomos, cada par sendo feito de um cromossomo de origem materna e um outro de origem paterna, porém num desses pares os cromossomos são diferentes e são ditos por isso de heterocromossomas. São estes heterocromossomas que detém a chave da sexualidade.

    Um indivíduo que recebe dois heterocromossomas semelhantes (onde se chama todos dois de X) torna-se uma fêmea, então uma mulher. Um indivíduo que tem dois heterocromossomas diferentes (que são chamados de X e
    Y) torna-se macho, então um homem. Neste casal, a mulher tem então XX e o homem XY. Quando eles se reproduzem cada um cede ao futuro embrião um só cromossomo do par. A fêmea não pode ceder um X, mas o homem pode tanto X como Y. E é isto então que ele detém, se é que se pode dizer, a chave do sexo da criança. Ele resultará o par XX ou o par XY. As chances de ter um ou outro são iguais e a seguir, um par tendo a chance de ter uma filha que ter um filho.

    Melhor dizendo, em um pequeno número de crianças pode nascer mais meninas que meninos, mesmo só meninas ou meninos. Isso quem decide é a sorte semelhantemente quando lançamos ao ar uma moeda; ela pode cair do mesmo lado três vezes seguidas.

    A relação do número de machos e número de fêmeas é a "sex-ratio". Normalmente ela é igual a l. Curiosamente nasce mais meninos que meninas, mas como se sabe, os meninos mostram-se mais frágeis e com o tempo o número de fêmeas supera o número de homens. Esta fragilidade pode ser decorrente do fato de que, tendo dois X as fêmeas são mais ricas em genes que os homens e que neles as compensações seriam possíveis no caso de mutações de um gene portado por um dos X.

    Como se sabe, os heterocromossomas não fazem tudo. Constata-se que a realização do sexo necessita da presença de hormônios sexuais e, na espécie humana, este hormônio masculino, a testosterona, é quem desenvolve o principal papel. Seu aparecimento faz com que o aparelho genital inicialmente embrionário e indeterminado, oriente para o sentido masculino. A falta de testosterona orientará no sentido feminino. Isto quer dizer que sem esta intervenção hormonal só apareceriam mulheres e então, para um biólogo "no início só havia Eva".

    Mas se a testosterona aparece é porque sobre o cromossomo Y existe um gene SRY que comanda a formação.
    O mais curioso é que este gene pode, num acidente genético (perto de um fragmento de cromossomo Y) ou num crossing-over (troca de porções entre X e Y), se achar num X e, neste caso, dará um indivíduo que reunirá características femininas (no caso em dois X) e características masculinas (devido ao SRY). Outros indivíduos serão XY mas sem o gene SRY e eles serão também intersexuados. Enfim, pode existir indivíduos que possuem agrupamentos aberrantes XXY, XYY, XXX ou então XXXY. Todos estes indivíduos são geralmente estéreis e vítimas de graves deficiências.

    Recentemente ornitólogos italianos descobriram no cromossomo X um gene que em duplo exemplar inibe a ação do SRY, levando, além disso, a uma série de distúrbios quando este gene desaparece.

    No homem são então os espermatozóides quem decidem o sexo e, por conseguinte, pode-se perguntar se não
    seria possível de se triar procurando somente aqueles portadores de X ou de Y alcançando o óvulo. Se os
    espermatozóides portadores de Y são somente encaminhados à via genital da fêmea nascerá uma filha. Mas a triagem, teoricamente possível, é bem difícil de acontecer, já que não pode alterar o esperma. Pode-se pensar em triar os espermatozóides por centrifugação, mas as densidades são parecidas, ou mesmo por um campo elétrico ou ainda modificar o pH da secreção vaginal graças a uma alimentação apropriada dada à futura mãe. Os resultados são decepcionantes já que o organismo reage cuidadosamente sobre suas constantes (temperatura, teor de sais minerais, pH do sangue etc.). De fato a escolha do sexo não pode ser considerada como na fecundação in-vitro (F.I.V.) e então? Talvez se pudesse colocar o óvulo hostil aos cromossomos Y, mas assim nasceriam somente filhas. Além disso aconteceriam abortamentos: o sexo dos embriões sendo fácil de se marcar, poder-se-ia eliminar todos os embriões do sexo não desejado. Mas isso seria inaceitável.

    Nas aves

    Na ausência de aparelho genital externo, a distinção dos sexos se faz diante da plumagem, que geralmente é mais colorida, mais suntuosa nos machos, além do comportamento. A cópula é obtida pela justaposição das cloacas enquanto o macho cobre a fêmea. Seja baseado no tratamento do esperma ou mesmo concernente ao macho deve ser descartado. Mesmo a alimentação não pode ter nenhuma ação, já que a proteção dos óvulos na fêmea é total. É indispensável nas aves, como na espécie humana, que o pH (íons de hidrogênio traduzindo a acidez, ou não, do sangue) seja constante e todas as modificações podem desencadear distúrbios graves
    e mesmo mortais.

    Para assegurar isso o organismo dispõe de sistemas reguladores de uma grande eficácia.

    Não se sabe exatamente como agem os cromossomos X, e existe provavelmente sobre os X genes que desencadeiam secreções hormonais decisivas. O sexo feminino aparece quando intervêm os hormônios sexuais femininos, chamados estrogênios; na sua ausência, o sexo seguirá para o sentido masculino. O sexo masculino aparece então como o sexo de base, ao contrário daquele do homem e de outros vertebrados. Uma galinha sem ovário ou então com ovário sem funcionar devido à idade ou a uma doença, adquire a plumagem de macho. Estas observações permitem se pensar que exista um fator masculinizante no cromossomo X das aves, e um fator feminilizante num cromossomo não sexual (autossoma). Em duplo exemplar, o fator feminilizante inibiria o fator masculinizante de um único cromossomo X, dando uma fêmea XY. Mas a inibição não estaria ligada a dois cromossomos X, já que este é o caso do macho.

    Diversas observações apoiam esta hipótese.

    Somente uma ação sobre a secreção hormonal pode então permitir a escolha do sexo nos jovens filhotinhos, mas isso seria um perigo para mãe, sua saúde, sua plumagem e sua fertilidade futura.

    Estudos realizados em aves silvestres mostram que o "sex-ratio" pode às vezes variar segundo as posturas. Uma primeira ninhada pode dar mais machos ou ao contrário. Mas a sexagem sistemática de nascimento mostra que
    nascem tantos machos quanto fêmeas. É então possível que o ambiente (temperatura, umidade?) ou a alimentação (mais ou menos rica e podendo variar durante a sessão) ou mesmo o comportamento no ninho que expliquem as diferenças. Somente os jovens machos (canários, mandarins etc.) se mostram mais assustados que as fêmeas. Um filhotinho muito solícito pode se alimentar melhor, mas pode cair mais facilmente do ninho. Isto poderá ser mais ou menos evidente segundo a importância da ninhada.

    Enfim, não é impossível que uma mutação, tornando inativo o fator feminilizante ou o fator masculinizante, acarrete a produção unicamente de machos ou unicamente de fêmeas.

    Como já foi visto, muitos dos elementos intervêm para que se possa encontrar um meio simples de se escolher o sexo das aves. A única possibilidade é se eliminar um dos sexos graças à sexagem precoce (nos pintinhos) para se conservar, por exemplo, somente fêmeas. Mas esta técnica de sexagem é difícil de se adquirir.

    O aporte da genética no resultados dos cruzamentos

    A genética permite se compreender diversas anomalias. Isto notadamente no caso dos indivíduos ditos half-siders e mais exatamente ginandromorfos que possuem uma plumagem masculina de um lado do corpo e feminina do outro. Existe neles uma repartição anormal dos cromossomos sexuais; uma metade do corpo tendo recebido dois X e a outra metade somente um. Estes indivíduos raramente são fecundos.

    A genética permite também marcar bem todos os sexos de uma ninhada. No caso de genes portados por um cromossomo X (genes ditos ligados-ao-sexo), as fêmeas que recebem este X têm necessariamente os caracteres correspondentes já que elas têm apenas um só X. Deste modo, nos canários, existe a mutação marfim devida a um gene portado por um X. Esta mutação sendo recessiva, num macho há dois X portando, cada um, um gene marfim; ele dará fêmeas, todas marfim. Os machos que vierem de fêmea marfim não serão marfim. Em todos os outros casos eles serão diferentes das fêmeas e é fácil se notar.

    O conhecimento dos fatores ligados ao sexo podem então permitir se realizar cruzamentos dito auto-sexáveis, que darão machos nitidamente diferentes de fêmeas e isto bem precocemente.

    Para assegurar isso o organismo dispõe de sistemas reguladores de uma grande eficácia.

    Não se sabe exatamente como agem os cromossomos X, e existe provavelmente sobre os X genes que desencadeiam secreções hormonais decisivas. O sexo feminino aparece quando intervêm os hormônios sexuais femininos, chamados estrogênios; na sua ausência, o sexo seguirá para o sentido masculino. O sexo masculino aparece então como o sexo de base, ao contrário daquele do homem e de outros vertebrados.