domingo, 23 de novembro de 2008

VELOCIDADE DE CRESCIMENTO DA CAUDA EM CANÁRIOS

Sabe-se que o comprimento da cauda de um pássaro destinado a competição é um elemento que interfere no julgamento, agindo diretamente sobre seu tamanho e conseqüentemente sobre sua harmonia. Em algumas raças de porte grande (Lancashire, Parisiense etc), quando acima do normal representa um aspecto positivo, pois dá ao pássaro um maior tamanho. Em raças de menor porte (Gloster, Fife, Espanhola, etc), bem como em canários mais compactos (Border, Norwich, etc), quando pequenas dão maior graciosidade e equilíbrio a sua corporiedade.

Danificações na cauda, do tipo picoteamento ou mesmo arrancamento total são comuns no período de crescimento e desenvolvimento dos filhotes, apesar da utilização de diversos procedimentos preventivos.
Danificações ou ausência de quatro ou mais penas desclassificam o pássaro, e no caso a substituição por novas penas torna-se necessário, É comum o arrancamento intencional de penas da cauda em raças onde busca-se aumentar o tamanho dos pássaros, pois observa-se que o comprimento das novas penas aumentam, porém em raças de pequeno porte esta condição não é desejável, podendo fazer a diferença entre o sucesso e o fracasso.
Partindo do pressuposto da necessidade do arrancamento das penas, faz-se o seguinte questionamento:

Qual o momento adequado que antecede o julgamento para que as penas sejam arrancadas afim de que se apresentem com um tamanho satisfatório nesta ocasião?

Qual a velocidade de crescimento e o referido tamanho máximo aumentado?

METODOLOGIAE DADOS:

Afim de responder as questões formuladas foram utilizados 6 pássaros (Fiorino e Gloster) com a muda completa e supostamente com a cauda em tamanho limite. Após a extração de todas as penas, a cada 5 dias, a maior pena em tamanho foi retirada e medida em toda sua extensão, procedimento adotado até o momento em que deixassem de crescer. Os dados obtidos no experimento encontram-se na tabela abaixo:

CONCLUSÕES:

Os pássaros escolhidos apresentaram uma amplitude de 0,9cm entre a menor e maior cauda, o que permite-se afirmar que a amostragem foi caracterizada pela diversidade do tamanho.

Outro ponto observado é que o crescimento não é proporcional à passagem do tempo, ocorrendo uma velocidade maior até o 20° dia, decaindo exponencialmente até o 35° Dia (valor médio máximo), não alterando-se por ocasião da medição obtida no 40° dia, quando o experimento foi encerrado.

Ao final do 5° dia as penas não haviam aflorado, e por ocasião do 10° dia observou-se canudos ainda encobertos pelas asas; no 15° dia já podiam ser avistadas no prolongamento das pontas das asas.

No 20° dia apresentaram em média 1,3 cm menores que o tamanho inicial, porém ligeiramente abertas em suas extremidades, não harmônicas com o conjunto.

No 25° dia apresentaram valor próximo do tamanho inicial, visualmente interessantes, dando aos pássaros uma corporeidade compacta e harmônica.

No 30° dia, foi obtida uma média de 0,5 cm superior à média inicial, estabilizando-se a partir do 35° dia, com acréscimo médio de 0,8cm em relação ao início.

Indivíduo Tamanho
inicial (cm)
5° dia
(cm)
10° dia
(cm)
15° dia
(cm)
20° dia
(cm)
25° dia
(cm)
30° dia
(cm)
35° dia
(cm)
40° dia
(cm)
01 6,3 - 1,5 3,4 4,4 5,7 6,4 7,0 7,0
02 6,3 - 1,7 3,8 5,2 6,25 6,8 6,9 6,9
03 6,8 - 2,0 3,7 5,3 6,6 6,9 7,1 7,1
04 6,3 - 1,8 3,5 5,2 6,1 6,7 7,0 7,0
05 6,0 - 1,5 3,1 5,1 6,0 6,9 7,0 7,3
06 5,9 - 1,7 3,6 4,7 6,1 7,0 7,4 7,3
X 6,3 - 1,7 3,5 5,0 6,1 6,8 7,1 7,1

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